A Copa Sul-Americana 2024 tem um dono. E ele é o Racing, da Argentina. Neste sábado (23), em Assunção, o time argentino garantiu a inédita conquista e se tornou o oitavo clube na história a ter, em sua galeria, as taças das duas principais competições da Conmebol na atualidade - soma-se, ao torneio decidido na capital paraguaia, a Libertadores.
A história da final teve a equipe de Avellaneda como protagonista, sem dar muita chance ao Cruzeiro, rival que estava do outro lado do gramado de La Nueva Olla. Com isso, o placar de 3 a 1 ficou absolutamente justo. Desde que a bola rolou, os hermanos foram dominantes, enquanto a Raposa não foi capaz de impedir as principais jogadas do rival ao longo de todo o primeiro tempo, quando a vantagem acabou construída.
Logo aos 3 minutos, o time brasileiro até que teve sorte. Depois de um lançamento longo para Salas (aliás, uma das principais armas do Racing), que se aproveitou da marcação alta do adversário, a bola foi cruzada pelo atacante. João Marcelo tentou cortar, em desarme a Adrián Martínez, mas Martirena pegou a sobra e estufou a rede. Menos mal que, após muita análise das imagens, foi assinalado impedimento na origem do lance.
Só que o Cruzeiro não aprendeu com o erro e continuou sufocado em seu campo de defesa. Tanto que mais 17 minutos se passaram e, neste período, o Racing conseguiu dois gols - legítimos, diga-se de passagem. Primeiro, em meio a uma sucessão de equívocos da Raposa, Martirena balançou a rede com total sorte, tentando cruzar e encobrindo Cássio. Logo em seguida, em quase que uma repetição do tento anulado, Salas chegou ao fundo e jogou para a área. Cássio ficou com o braço curto, e Martínez, atrás da marcação, só teve o trabalho de tocar para a meta vazia e correr para o abraço, ele que terminou a disputa como o maior goleador.
À beira do campo, o técnico Fernando Diniz parecia incrédulo. Em diversos momentos, foi visto sem sequer se mexer, tentando entender o que acontecia. Em sua primeira ação mais enérgica, trocou Walace, um dos vilões do lance que culminou no primeiro gol, e colocou Lucas Silva. Isso, ainda antes do intervalo. Mas o cenário em si pouco se alterou.
Veio o segundo tempo, e a Raposa até que se impôs. Ao melhorar no confronto, diminuiu o prejuízo aos 7 minutos. Matheus Henrique fez grande jogada, passando por diversos marcadores. O volante serviu Kaio Jorge, que precisou de dois arremates para superar Arias e recolocar os brasileiros no jogo. O centroavante, aliás, chegou a cinco gols nos últimos cinco jogos da Sula, se tornando artilheiro absoluto da equipe.
A torcida mineira, claro, fez crescer o som do apoio nas arquibancadas e 'veio junto' com os atletas. Só que o ímpeto não foi suficiente. Mesmo empurrando o rival contra sua área, o Cruzeiro não conseguiu o empate e viu os argentinos festejarem mais um gol, nos acréscimos, feito por Roger Martínez. Fica, quem sabe, para a próxima.
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